NBR5419:2015 – Nova norma de Para-raios (SPDA)
A nova norma NBR5419:2015 entrou
em vigor no dia 22/06/2015. Ela esta dividida em 4 partes:
Parte 1: Princípios gerais – 67 paginas
Parte 2: Gerenciamento de risco – 104 paginas
Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida – 51 paginas
Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura – 87 paginas.
Parte 2: Gerenciamento de risco – 104 paginas
Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à vida – 51 paginas
Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura – 87 paginas.
Houve uma mudança drástica entre as duas normas, pode-se notar pela quantidade
de paginas. A norma anterior possuía apenas 42 páginas, e a norma atual passou
a ter 309 páginas.
A primeira parte da norma trata de premissas
gerais a serem consideradas para o projeto de SPDA e Aterramento.
A segunda parte estabelece os requisitos para
análise de risco do projeto de SPDA e Aterramento, não apenas para definição do
nível de proteção da instalação, mas trazendo diretrizes sobre medidas de
proteção que devem ser tomadas para uma proteção mais efetiva de pessoas e
instalações.
A terceira parte conserva boa parte do escopo
geral da norma antiga, aplicável a projetos, instalação, inspeção e manutenção
do SPDA e Aterramento, além de medidas mitigadoras para controlar tensão de
toque e passo proveniente de descargas atmosféricas. Houveram mudanças neste
aspecto quanto a materiais de condutores de captação e descida, procedimentos
nos testes de continuidade e arquitetura de interligação dos condutores de
descida.
A quarta parte da norma trata basicamente de
aspectos gerais ligados à compatibilidade eletromagnética e medidas de proteção
contra surtos atmosféricos para equipamentos elétricos e eletrônicos, nas fases
de projeto, instalação, inspeção, manutenção e ensaio
Veja abaixo as principais mudanças entre a Norma
ABNT NBR-5419:2005 e a nova ABNT NBR-5419:2015
O anexo B da norma de 2005, (análise de necessidade
de proteção), na norma 2015 passou a ser chamado de Análise de Risco, onde,
além dos fatores de ponderação existente, novos fatores de risco para a
edificação que até então não eram analisados passaram a ser observados com mais
rigor. Neste anexo agora são definidos: o nível de proteção e quais
medidas complementares deverão ser tomadas para garantir uma proteção eficiente
a edificação, pessoas e instalações.
Os métodos de proteção, não foram alterados,
continuando a serem usados os métodos dos Ângulos (Franklin), Modelo
Eletrogeométrico e Método das Malhas.
As maiores mudanças ficaram por conta do
Método dos Ângulos com o aumento significativo do alcance de pequenos captores,
particularmente até 2 metros.
O Método das Malhas teve seus meshs (reticulados)
reduzidos para:
classe 1 = 5x5m;
classe 2 = 10x10m;
classe 3 = 15x15m e
classe
4 = 20x20m.
Também o espaçamento das descidas e dos anéis horizontais passaram
a ser:
classe 1 = 10m;
classe 2 = 10m;
classe 3 = 15m e
classe 4 = 20x20m.
O
Método Eletrogeométrico permaneceu inalterado na nova norma NBR5419:2015.
O gráfico de comprimento mínimo de eletrodo
enterrado versus resistividade do solo, agora foi ampliado também para nível 2
de proteção pois antes só havia relação direta entre os 2 parâmetros no nível 1
conforme a nova norma NBR5419:2015.
A tabela de condutores de captação na nova norma
NBR5419:2015, descidas e aterramento foi aprimorada com novos materiais (aço
cobreado, alumínio cobreado), e algumas dimensões mínimas e tolerâncias foram
estabelecidas, aumentando desta forma as possibilidades do projeto.
Os testes de continuidade das estruturas de
concreto armado foram normalizados em duas etapas com melhor detalhamento dos
seus procedimentos, trazendo mais segurança para o sistema com a nova norma
NBR5419:2015.
A medição da resistência ôhmica do aterramento do
SPDA, bem como o anterior valor sugerido de 10 ohms foram suprimidos da norma.
O arranjo A (aterramento pontual) foi retirado da
norma, permanecendo apenas o arranjo B (em anel) circundando a edificação e
interligando todas as descidas. Este anel deve estar, no mínimo, 80% em contato
com o solo conforme a nova norma NBR5419:2015.
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