terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Quando a falta de segurança dói no bolso

Precisamos avaliar bem até onde deixar SEGURANÇA para depois, ou para segundo plano, vale a pena.
Devemos avaliar bem quanto custa fazer SEGURANÇA e quanto custam as custas de um acidente, processos, indenizações, multas, atrasos, o nome da empresa relacionado com o escandalo de um acidente.
Tem um palestrante que gosto muito, Chamado Mario Persona, que sempre menciona o quanto custa fazer ou não segurança em suas palestras. Para os que quiserem conhecer mais deixei aqui o link do site dele.

"Enquanto a maioria dos temas relacionados à SEGURANÇA no trabalho limita-se ao aspecto da saúde e integridade do trabalhador – aspectos extremamente importantes – Mario Persona mostra também que a falta de SEGURANÇA influi na qualidade e preço do produto ou serviço, comprometendo a competitividade da empresa. O resultado direto da falta de competitividade causa fortes dores no bolso do colaborador, reduzindo as oportunidades de melhores cargos, salários e benefícios. Além de comprometer a saúde e a vida, sua e dos que o cercam, a falta de segurança compromete sua carreira."

http://www.mariopersona.com.br

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Conheça o seu equipamento de incêndio

VAMOS APRESENTAR O EXTINTOR DE CO2:
  • Possui na extremidade da mangueira um dispositivo denominado difusor;
  • Não possui manômetro.

E os seus cuidados:

  • Não direcione o jato na direção de outras pessoas;
  • Após utilizar em recinto fechado, não permanecer no local;
  • Não posicionar o extintor próximo ou em local de forte calor (gelo seco perde pressão);
  • Não segurar ou encostar a mão no difusor (congela com a saída do agente);
  • Verificar se o lacre não está violado: Caso apresente esta irregularidade, comunicar ao técnico de segurança;
  • Recarga anual, observando o mês de vencimento;
  • Reteste (teste no cilindro a cada 5 anos).

QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO?

  • Possui manômetro, válvula e gatilho;
  • Pela cor da mangueira (não é azul);
  • Tem em diversos tamanhos, podendo haver confusão entre o PQS 12 kg com o extintor de água portátil.

E os seus cuidados:

  • Observar o manômetro, caso esteja indicando na faixa vermelha deve ser pressurizado novamente (caiu a pressão);
    Verificar se o lacre não está violado. Caso esteja, o que devemos
    fazer:
  • Verificar a condição da mangueira;
  • Não utilizar em equipamento elétrico sensível, pois o pó penetra na parte interna, podendo danificar, motivar mal contato;
  • Recarga anual;
  • Reteste a cada 5 anos.

VAMOS RELEMBRAR O EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA

Cuidados:

  • Verificar o manômetro (o que acontece quando está na faixa vermelha?);
  • Verificar a condição da mangueira;
  • Não utilizar em incêndio envolvendo equipamentos elétricos energizados (água conduz eletricidade);
  • Não utilizar em incêndio envolvendo líquidos inflamáveis, pois a água não se mistura, esparramando mais ainda o fogo (somente utilize água se o jato for neblina);
  • Verificar a condição do lacre;
  • Recarga anual;
  • Reteste a cada 5 anos.
    Observação – Como você observou, os extintores de pó químico seco e água possuem manômetros. Neste manômetro tem a indicação de três cores: faixa vermelha, verde, branca ou amarela. O que indicam as cores?
    Vermelha – você já sabe? Perda de pressão, deve ser pressurizado;
    Verde – o extintor está na faixa de operação;
    Branca ou Amarela – há excesso de pressão. Nesta condição, deve-se ter o máximo de cuidado para não bater ou derrubar o extintor.

LEMBRE-SE: O extintor de incêndio também é um equipamento sob pressão, e como tal não deve sob hipótese nenhuma

Precauções com cilindros de oxigenio e acetileno

PRECAUÇÕES COM CILINDROSDE OXIGÊNIO
  • Evite armazenar cilindros nas imediações de materiais combustíveis ou onde possam sofrer pancadas;
  • Nunca deixe que os cilindros entrem em contato com fios eletrificados, ou com equipamentos de solda elétrica em funcionamento ou com objetos que estejam sendo soldados à eletricidade;
  • Não derrube os cilindros e nem os role pelo chão, empregando- os como roletes ou suportes;
  • Sempre feche as válvulas depois de usá-los;
  • Oxigênio não é ar;
  • Cuidado com óleos, graxas, gorduras e materiais combustíveis, principalmente com as mãos sujas de graxa;
  • Evite a todo custo a contaminação dos cilindros com óleos ou graxas;
  • Nunca use oxigênio como ar comprimido para pistolas de pintura, partidas de motores a diesel, limpeza de recipientes, para tirar pó de roupas, etc.;
  • Nunca use martelo ou chaves para abrir válvulas de cilindros;
  • Sempre que abrir a válvula, tenha um regulador de pressão instalado na saída;
  • Não altere a cor do cilindro, pois este indica o tipo de gás nele contido. Esteja a par das normas de pintura dos tubos;
  • Não tente consertar a válvula do cilindro carregado ou vazio.

Deixe para o pessoal habilitado;

  • Não transporte cilindros de gases (cheios ou vazios) sem a respectiva tampa;
  • Abra a válvula do cilindro lentamente para não danificar o regulador de pressão.

PRECAUÇÕES COM CILINDROS DE ACETILENO

  • Chame o acetileno pelo seu próprio nome, não o chame de gás. Mistura com ar são explosivas quando incendiadas;
  • Coloque o cilindro sempre de pé;
  • Use-o de maneira normal, através do regulador. Nunca transfira o acetileno de um cilindro para outro;
  • Nunca se utilize de um cilindro que esteja vazando acetileno;
  • Em caso de vazamento, leve o cilindro para local ventilado, livre de chamas e avise a empresa fornecedora;
  • Nunca deixe o acetileno escapar em recinto fechado;
  • Não abra uma válvula de cilindro de acetileno mais do que ¼ da volta;
  • Mantenha o cilindro longe do calor (sol, fornos, estufas, etc.);
  • Os cilindros não devem ser derrubados ou rolados, mas podem ser movimentados em pé, rolando-os sobre a sua base de apoio;
  • As canalizações devem ser de ferro ou aço;
  • Nunca emende mangueiras para acetileno com pedaços de cano de cobre (podem formar compostos explosivos).

Limpeza de tambores

Um ponto a ser lembrado quando limpar um tambor é que, embora você ache que tirou dele todo o líquido, dificilmente conseguirá esvaziá-lo completamente – isto se ele contiver líquidos inflamáveis.
O tambor nunca é esvaziado porque o vapor permanece, depois que o líquido é retirado. Este vapor se mistura com o ar dentro do tambor e enche o espaço vazio.
Esta mistura de vapor e ar algumas vezes produz explosões.
Esta combinação explode no motor do seu carro quando você dá a partida. É também o que explode quando você acende um fósforo para ver se um tanque de combustível está vazio.
Você tem apenas de se lembrar que qualquer tambor usado para estocar líquido inflamável – gasolina, óleo, solventese assim por diante – é uma bomba armada, apenas esperando que você cometa um erro, se manuseá-la incorretamente. Assim sendo, antes de usar um tambor velho, limpe-o completamente antes de qualquer trabalho de reparo de soldagem necessário.
Eis aqui o procedimento correto para a limpeza de um tambor:
  • Remova todas as fontes de incêndio, centelhas ou calor da área em que você vai abrir tambores velhos. Isto inclui interruptores e lâmpadas elétricas desprotegidas. Se as fontes
    de ignição não puderem ser removidas, faça o trabalho numa área onde não estejam presentes. Use somente lâmpadas de extensão à prova de explosão.
  • Use vestuário de segurança requerido. Isto inclui botas de borracha e avental, luvas de borracha ou asbetos.
  • Retire os tampões com uma chave de boca longa e deixe o líquido drenar totalmente. (Em alguns tambores, este material pode requerer manuseio especial. Você deve ser instruído
    nestes casos.)
  • Use uma lâmpada à prova de explosão para inspecionar o interior do tambor quanto à presença de trapos, ou outros materiais que possam impedir a drenagem total.
  • Drene o tambor por mais cinco minutos. Isto deve ser feito colocando o tambor numa prateleira de vapor ou de cabeça para baixo apoiado em algum suporte. Deixe-o drenar, certificando-se de que o tampão fica na parte mais baixa. Aplique o vapor durante pelo menos dez minutos. Alguns materiais podem exigir mais tempo de aplicação de vapor. Você
    será informado sobre isto.
  • Coloque uma solução cáustica e gire o tambor durante pelo menos cinco minutos. Martele o tambor um pouco com um malho de madeira, para soltar as escamações.
  • Lave o tambor com água quente, deixando toda a água drenar pelo tampão.
  • Lave o lado externo do tambor com vapor d’água.
  • Seque o tambor com ar quente.
  • Após secá-lo, inspecione-o cuidadosamente para certificarse de que esteja limpo, usando uma lâmpada à prova de explosão. Se não estiver, lave-o novamente a vapor. Faça sempre um novo teste antes de começar qualquer soldagem no tambor, mesmo se ele foi limpo e testado anteriormente.

Como podemos prevenir incêndios

Você já parou para pensar no quanto todos nós perderíamos no caso de um incêndio grave?
Se nossas instalações fossem danificadas, alguns de nós poderíamos perder o emprego... e até nossas vidas. Nossos clientes perderiam porque dependem de nossos produtos. Eles teriam que aumentar seus preços e, em alguns casos, talvez precisassem demitir alguns de seus empregados. Isto criaria um círculo vicioso.
Assim, o que pode ser feito em relação a incêndios? Primeiro, temos que compreender que o controle de incêndio depende de nosso conhecimento acerca de princípios fundamentais.
Os três ingredientes fundamentais essenciais a todos os incêndios comuns são:
  1. Combustível: papel, madeira, óleo, solventes, gás, etc.
  2. Calor: o grau necessário para vaporizar o combustível, de acordo com sua natureza.
  3. Oxigênio: normalmente, deve haver pelo menos 15% de ar para sustentar um incêndio. Quanto maior for a concentração, mais brilhante será a brasa, e mais rápida será a combustão.

Para extinguir um incêndio, é necessário remover apenas um dos itens essenciais para sua manutenção. Isto pode ser feito por:

  1. Arrefecimento (controle da temperatura e do calor)
  2. Sufocação (controle do oxigênio)
  3. Isolamento (controle do combustível)
  4. Interrupção da reação química em cadeia, em certos tipos de incêndio.

Os incêndios são classificados de acordo com o que estão queimando.

Os incêndios de classe A envolvem combustíveis em geral, como a madeira, tecidos, papel ou entulhos. Geralmente este tipo de incêndio é controlado por arrefecimento. Por exemplo:
uso de água para esfriar o material.

Os incêndios de classe B envolvem fluídos inflamáveis, como gasolina, óleo, graxa ou tinta. Geralmente eles são “sufocados” através do controle de oxigênio que os alimenta, usando
espuma, dióxido de carbono ou pó químico seco.

Os incêndios de classe C envolvem equipamentos elétricos e geralmente são contidos através do controle do oxigênio.
Os extintores de dióxido de carbono ou de pó químico – não condutores de eletricidade – são usados.

Os incêndios de classe D ocorrem em metais combustíveis, como magnésio, lítio ou sódio e requerem extintores e técnicas especiais.

Eis aqui algumas formas que podem ajudar a evitar incêndios:

  1. Manter uma área de trabalho limpa, evitando o acúmulo de entulhos.
  2. Colocar trapos sujos de óleo e tinta em recipientes metálicos tampados.
  3. Observar os avisos de “NÃO FUMAR”.
    4. Manter todos os materiais combustíveis afastados de fornalhas ou outras fontes de ignição.
  4. Relatar qualquer risco de incêndio que esteja além do nosso controle – especialmente os riscos elétricos.

Finalmente, eis alguns pontos a serem lembrados:

  1. Evite os incêndios através da arrumação, limpeza e ordenação e através do manuseio correto de inflamáveis.
  2. Saiba onde estão os extintores de incêndio e o tipo de cada um, onde podem ser aplicados e como operá-los.
  3. No caso de incêndio, dê o alarme imediatamente e certifique- se de que a brigada de incêndio seja informada corretamente do local do incêndio. Se necessário, acione o Corpo
    de Bombeiros.
  4. Mantenha portas contra fogo, saídas, escadas, saídas de incêndio e equipamentos de combate a incêndio livres e desimpedidos.
  5. Use o equipamento de combate a incêndio portátil disponível para controlar o fogo até que chegue ajuda.

Se necessário, saia do prédio onde está. Não pare para pegar qualquer coisa – apenas saia!
Podemos prevenir incêndios?

Certamente podemos... se tentarmos. Assim podemos preservar nosso bem-estar e nosso trabalho.

Como manusear solventes inflamáveis

Siga estes cuidados sempre que você precisar usar solventes inflamáveis:
  • Proteja os tanques de limpeza de acordo com o padrão recomendado. Isto significa instalar “esguichos (sprinklers)” automáticos, sistemas de proteção fixos, drenos de nível superior, ventilação especial e isolamento de fogo.
  • Use recipientes de segurança para pequenas operações manuais de limpeza.
  • Use esguicho ventilado para operações de limpeza onde o solvente deve ser esguichado no trabalho. Ventile o tanque de solvente para o lado externo e, se necessário, equipe o respiro de ventilação com abafador de fogo.
  • Não use solvente inflamável em equipamento desengraxante a vapor.
  • Coloque, no local, extintores de incêndio para fogo em líquido inflamável. Posicione-os em locais apropriados.
  • Evite fumar próximo a fontes de ignição.
  • Ventile para evitar a formação de misturas explosivas.
  • Se possível use solventes com pontos de ignição acima de 450C e não os aqueça acima de 30C abaixo do ponto de ignição.
  • Mantenha a quantidade de solvente em uso no mínimo necessário para o trabalho.
  • Arranje recipientes metálicos tampados para trapos de limpeza usados e remova-os do local de trabalho ao final do dia.
  • Use ferramentas que não soltem fagulhas (feitas de alumínio, latão ou bronze).

Recipiente: líquidos inflamáveis

Muitas instalações industriais e estabelecimentos comerciais compram líquidos inflamáveis em tambores de 200 litros. Para uso rotineiro, eles transferem estes líquidos para recipientes menores.
Os tambores devem satisfazer os rígidos padrões para que possam estar qualificados como recipientes para transporte de líquidos inflamáveis. Porém, estes padrões não servem para qualificar os tambores como recipientes de armazenamento de longo prazo.
Muitos usuários assumem que é seguro armazenar tambores fechados exatamente como foram recebidos. Um tambor para ser seguro para o armazenamento, deve ser protegido contra a exposição a riscos de incêndio ou explosão. O armazenamento externo deve ser preferido em relação ao interno.
Porém, os tambores devem ser protegidos contra luz solar direta e contra outras fontes de calor. O tampão deve ser substituído por um respiro de alívio vácuo-pressão, tão logo um tambor fechado seja aberto.
Este tipo de respiro deve ser instalado num tambor de líquido inflamável vedado se houver qualquer possibilidade de que ele seja exposto a luz solar direta ou se for exposto a variações consideráveis de temperatura. Se um tambor vazar ou for danificado de qualquer maneira, seu conteúdo deve ser imediatamente transferido para um recipiente em bom estado que esteja limpo ou que tenha sido usado para guardar o mesmo tipo de líquido anteriormente. O recipiente substituto deve ser do tipo que satisfaça as exigências necessárias de segurança.
Todo tambor deve ser verificado quanto à presença de rótulo identificando seu conteúdo. É importante que este rótulo permaneça claramente legível, para evitar confusão de conteúdo com outro inflamável, combustível ou líquidos não inflamáveis e também para facilitar o descarte seguro.
Talvez os equipamentos mais comuns para armazenar pequenas quantidades de líquido inflamável sejam os recipientes portáteis variando de meio a 15 litros. Os recipientes seguros
são feitos de várias formas. Recipientes especiais podem ser usados para líquidos viscosos, como os óleos pesados. Os recipientes para uso final também são fabricados de muitas formas, para diferentes aplicações.
Somente os recipientes de segurança reconhecidos devem ser considerados aceitáveis para o manuseio de líquidos inflamáveis, seja para armazenamento, transporte ou utilização final. Os recipientes geralmente devem ser pintados de vermelho e ter rótulos claramente visíveis e legíveis, que identifiquem os conteúdos e indiquem os riscos existentes. O aço inoxidável ou recipientes não pintados podem ser usados para líquidos corrosivos ou de dissolução de tinta.
Os líquidos inflamáveis geralmente são comprados em pequenos recipientes com tampas de roscas. Emboras eles satisfaçam rígidos padrões para se qualificarem como recipientes para transporte, não oferecem necessariamente proteção contra fogo, o que é exigido de recipientes para armazenamento e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis.
Conseqüentemente, recomenda-se que, em cada caso onde um grau maior de segurança deva ser obtido, todos os líquidos inflamáveis sejam transferidos para recipientes “reconhecidos”,
tão logo os recipientes de transporte vedados sejam abertos.

Ignição espontânea

Você já viu um pintor recolher trapos ensopados com óleo de linhaça, tinta e terembentina ao término do trabalho? Se já viu, você viu na verdade uma demonstração de prevenção de incêndio no trabalho. Isto também vale para o mecânico que coloca pedaços de pano com óleo num recipiente de metal equipado com tampa automática. Latas para trapos com óleo devem ser colocadas em todos os lugares onde eles precisam ser usados. Estas medidas de precaução são geralmente tomadas no trabalho, mas não em casa.
Por que esses pedaços de pano ou trapos representam risco de incêndio? Representam risco porque um fósforo o cigarro aceso poderia ser jogado sobre eles, causando incêndio?
Bem, esta é realmente uma das razões. Um outro fator muito importante é a auto- ignição. Sob certas condições, estes materiais podem pegar fogo sem a presença de chama.
A ignição espontânea é um fenômeno químico, no qual há uma lenta geração de calor, a partir da oxidação de materiais combustíveis. Como “oxidação” significa a combinação com oxigênio, devemos nos lembrar de que o oxigênio é um dos três fatores necessários para fazer fogo: combustível, calor e oxigênio.
Quando a oxidação é acelerada o suficiente sob condições adequadas, o calor gerado atinge a temperatura de ignição do material. Assim, haverá fogo sem a ajuda de uma chama externa.
Alguns materiais entram em ignição mais rapidamente que outros. Por exemplo: sob a mesma aplicação de calor, papel incendeia mais rápido que madeira; madeira mais rápido que carvão; carvão mais rápido que aço e assim por diante.
Naturalmente, quanto mais finas forem as partículas de um combustível, mais rapidamente ele queimará.
Voltemos aos trapos com óleo. Os investigadores de incêndio já provaram que muitos incêndios industriais ( e alguns incêndios domésticos sérios ) foram causados quando trapos oleosos empilhados juntos geraram calor suficiente para pegar fogo.
Estes mesmos especialistas em incêndios nos ensinam duas formas de evitarmos a auto-ignição de trapos com óleo:
manter o ar circulando através deles ou colocando-os num local onde não teriam ar suficiente para pegar fogo.
A designação de uma pessoa especialmente para ficar revirando uma pilha de trapos para evitar que queimem seri ridículo. Assim sendo, a segunda idéia parece ser melhor...coloque-os onde não possam ter ar suficiente para pegar fogo. O lugar para isto é uma lata de metal com tampa automática, isto é, que feche por si mesma.
A exclusão do oxigênio da lata pode evitar a ignição dos materiais. Naturalmente, se enchermos o recipiente até a boca, a ponto da tampa não fechar totalmente, a finalidade do recipiente estará comprometida. O oxigênio penetrará na lata e fornecerá o item que falta para causar o incêndio.
Alguns óleos são piores do que outros, no que diz respeito à capacidade de iniciar incêndios. O óleo de linhaça e outros óleos secantes usados para pintura são especialmente perigosos.
A temperaturas ambientes normais, algumas substâncias combustíveis oxidam lentamente até atingirem o ponto de ignição. Exemplos incluem óleos e gorduras vegetais e animais, carvão mineral, carvão vegetal e alguns metais em pó muito finos. Em pilhas de carvão, temperaturas acima de 60 graus centígrados são consideradas perigosas. Quando as temperaturas se aproximam rapidamente deste valor, ou o excedem, é aconselhável remover a pilha ou arrumá-la, de forma a ter uma melhor circulação de ar para arrefecimento.
Os fazendeiros conhecem muito bem os riscos de serragem, feno, cereais, juta e sisal... especialmente quando estão sujeitos a calor ou a alternação de umedecimento e secagem.
A circulação de ar, a remoção de fontes externas de calor e o armazenamento em quantidades menores são os cuidados desejáveis.
O carvão vegetal pode entrar em combustão espontânea sob as condições certas e a umidade ajuda. Em um teste, um saco de 10 kg de briquetes de carvão vegetal foi colocado num porão úmido, mas bem ventilado. Ele pegou fogo em pouco tempo. Eis aqui uma boa advertência para os amantes do churrasco: armazene apenas pequenas quantidades de carvão em lugares secos e bem ventilados.
Tenha em mente os perigos da combustão espontânea e pratique a segurança jogando trapos com óleo e lixo em recipientes adequados, tanto no trabalho quanto em casa.
Faça da segurança o seu mais importante projeto pessoal, aquele do tipo “faça você mesmo”.

Ordem e limpeza

Quanto ao armazenamento de materiais, além de ter de apresentar as condições seguras necessárias de empilhamento, deve-se observar se as passagens estão desobstruídas e, principalmente, se estão instalados extintores de incêndio e os locais de saída. Note-se que este cuidado deve merecer especial atenção em todas as dependências da Empresa pois, no caso de ocorrer um incêndio, tanto as saídas para o escoamento dos empregados como os extintores devem estar livres de quaisquer obstáculos e com a sinalização bem demarcada. Neste aspecto, a sinalização é de fundamental importância, devendo ser conservada e, quando necessário, renovada. Em todos os outros lugares, a sinalização merece igual cuidado pois desempenha importante papel no campo da prevenção de acidentes, servindo de alerta para os riscos existentes em determinados lugares e para os cuidados necessários na realização de certas tarefas.
E A ORDEM E A LIMPEZA NOS REFEITÓRIOS? Também é indispensável, pois a alimentação deve realizar-se em ambiente tranqüilo e limpo, e que proporcione uma sensação de bem-estar, promovendo um relacionamento agradável entre os trabalhadores.
Os vestiários também exigem atenção quanto à ordem e limpeza, assim como as instalações sanitárias. É medida de higiene que preserva a saúde de possíveis doenças transmissíveis.
Além disso, os sanitários devem ser rigorosamente limpos e desinfetados com produtos de limpeza apropriados.
E OS EPIs? Em relação aos Equipamentos de Proteção Individual, ordem e limpeza também devem ser observadas. Certos EPIs necessitam cuidados especiais de limpeza, visando o aspecto
de higiene e devem ser desinfetados após o seu uso, como no caso de protetores auriculares tipo plug, protetores das vias respiratórias, etc. A ordem e a limpeza também contribuem para
a sua conservação e este é um estado que contribui para a segurança do usuário.
COMO ATINGIR? Oportuno observar que para atingir esse objetivo é necessária a cooperação de todos aqueles que trabalham no mesmo local. É o desdobramento de esforços de cada empregado que trabalha, mesmo no desempenho das mais simples tarefas, que baseia a realização de grandes empreendimentos.
Para que haja cooperação, é necessário que todos saibam o porquê dessa cooperação e cabe a conscientização de todos para a importância da ordem e da limpeza no ambiente de trabalho
para que os benefícios possam ser usufruídos por todos os empregados.